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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sou lésbica sim e tenho orgulho


O silêncio aumenta o preconceito. Visibilidade Lésbica 2013

*Por Enézio de Deus

Dia da visibilidade lésbica baiano 2013 Que o dia da visibilidade seja para além do calendário dos movimentos sociais que atuam na área de direitos homossexuais. Seja uma data sócio política, seja uma data de garantia da vida e da cidadania lésbica. NOTA DA COMISSÃO DA DIVERSIDADE SEXUAL DA OAB-BAHIA SOBRE O DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA Nós, advogados-membros da Comissão da Diversidade Sexual e Enfrentamento à Homofobia, da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Bahia, manifestamos, neste 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o nosso irrestrito apoio às milhões de cidadãs brasileiras homossexuais que, diuturnamente, enfrentam preconceitos sobrepostos; dentre os quais, os motivados por serem mulheres e lésbicas a um só tempo. Entendemos de enorme relevância o combate à lesbofobia em todas as suas dimensões, especialmente as de gênero e orientação sexual, bem como acertado o uso da sigla LGBT ou LGBTTT, iniciando-a, pois, com enfoque para as lésbicas (englobadas na primeira letra), porque a sua maior invisibilidade é primeiro reforçada pelo fato de serem mulheres e, por isto, clamam uma atenção maior pelos movimentos sociais e por toda a sociedade. As lésbicas, em sua maior parte, são vítimas de um machismo heterossexista extremado, manifestado em violências das mais diversas (simbólica, moral, física, dentre outras), infelizmente ainda detectadas no cotidiano das mesmas, tolhendo-lhes o exercício de muitos direitos; entre esses, o principal: o de expressarem livremente a sua orientação sexual, ou seja, o direito fundamental de amarem o mesmo sexo; outras mulheres. Desejamos, portanto, que o dia 29 de agosto de 1996, quando o marco histórico do SENALE (Seminário Nacional das Lésbicas) repercutiu em nosso país, seja lembrado todos os dias como forma de renovação da luta pelo integral respeito à diversidade sexual das mulheres que se sentem felizes ou realizadas afetivamente relacionando-se e amando outras mulheres. A nossa Comissão se coloca como co-participante desta luta e parabeniza todas as lésbicas brasileiras! Salvador-BA, 29/08/2013

Dia da visibilidade lésbica pelo CDDM 2013


sábado, 24 de agosto de 2013

Uma lágrima para um ativista

Para meu parceiro irmão Rafael Carvalho do Grupo Glich de Feira de Santana "...que acabou indo embora cedo demais..." Rafael faria 37 anos no próximo dia 30 de agosto de 2013. 


A parada gay do Grupo de Feira de Santana, seria próximo domingo 25/08/2013. Rafael é um dos seis que me pautavam no movimento homossexual baiano. "... Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez..."

Love in the
Afternoon
Legião Urbana
É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos
juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou.
Cedo demais!
Composição: Dado Villa-Lobos /
Renato Russo




Morre Rafael Carvalho, fundador do GLICH


A morte foi confirmada na tarde desta sexta-feira (23). Segundo informações, Rafael estava tratando de uma pneumonia.

23/08/2013 às 03:55h
Morre Rafael Carvalho, fundador do GLICH
Foto reprodução facebook
Morreu na tarde desta sexta-feira (23), Rafael Carvalho, um dos fundadores do Grupo de Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH), em Feira de Santana. Rafael estava tratando de uma pneumonia, que se agravou.

No facebook dezenas de amigos comentam a perda daquele que lutou contra a discriminação e contra a violência que vitima os homossexuais.  

Por conta do falecimento, a Parada Gay de Feira de Santana, que estava prevista para o próximo domingo, 25, foi cancelada, conforme anuncia o GLICH.











quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Carta de princípios do Movimento Passe Livre de Salvador

  • [A Carta de Princípios é o documento que estabelece os pontos de unidade dos coletivos federados nacionalmente ao MPL. Ela foi redigida e aprovada na Plenária Nacional pelo Passe Livre, no V Fórum Social Mundial, em 28 de janeiro de 2005; posteriormente alterada no 3º Encontro Nacional do Movimento Passe Livre, no dia 30 de julho de 2007. Atualmente o MPL Nacional já não levanta mais a bandeira do passe livre estudantil, mas a do passe livre irrestrito]

    “Princípios organizativos do Movimento Passe Livre Nacional

    O Movimento Passe Livre é um movimento horizontal, autônomo, independente e apartidário, mas não antipartidário. A independência do MPL se faz não somente em relação a partidos, mas também a ONGs, instituições religiosas, financeiras etc.

    Nossa disposição é de Frente Única, mas com os setores reconhecidamente dispostos à luta pelo Passe-Livre estudantil e pelas nossas perspectivas estratégicas. Os documentos assinados pelo Movimento devem conter o nome Movimento Passe Livre, evitando, assim, as disputas de projeção de partidos, entidades e organizações.

    A via parlamentar não deve ser o sustentáculo do MPL, ao contrário, a força deve vir das ruas.
    Os princípios constitutivos do MPL serão definidos somente pelo método do consenso. Nas deliberações não referentes a princípios, deve-se buscar propostas consensuais, na impossibilidade, deve-se ter previsto o recurso à votação.

    Perspectivas Estratégicas

    O MPL não tem fim em si mesmo, deve ser um meio para a construção de uma outra sociedade. Da mesma forma, a luta pelo passe-livre estudantil não tem um fim em si mesma. Ela é o instrumento inicial de debate sobre a transformação da atual concepção de transporte coletivo urbano, rechaçando a concepção mercadológica de transporte e abrindo a luta por um transporte público, gratuito e de qualidade, como direito para o conjunto da sociedade; por um transporte coletivo fora da iniciativa privada, sob controle público (dos trabalhadores e usuários).

    O MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população. Assim, deve-se construir o MPL com reivindicações que ultrapassem os limites do capitalismo, vindo a se somar a movimentos revolucionários que contestam a ordem vigente. Portanto, deve-se participar de espaços que possibilitem a articulação com outros movimentos, sempre analisando o que é possível fazer de acordo com a conjuntura local.

    Os projetos reivindicados para a implementação do passe livre para uma categoria não devem implicar em aumento das tarifas para os demais usuários.

    O MPL deve fomentar a discussão sobre aspectos urbanos como crescimento desordenado das metrópoles, relação cidade e meio ambiente, especulação imobiliária e a relação entre drogas, violência e desigualdade social.

    O MPL deve lutar pela defesa da liberdade de manifestação, contra a repressão e criminalização dos movimentos sociais. Nesse sentido, lutar contra a própria repressão e criminalização de que tem sido alvo.


    Organização e constituição

    O apoio mútuo deve ser a base que garante a existência do movimento em nível movimento nacional.

    O MPL se constitui através de um pacto federativo, isto é, uma aliança em que as partes obrigam-se recíproca e igualmente e na qual os movimentos nas cidades mantêm a sua autonomia diante do movimento em nível federal, ou seja, um pacto no qual é respeitada a autonomia local de organização.

    As unidades locais devem seguir os princípios federais do movimento. Ressalta-se que o princípio da Frente Única deve ser respeitado, estando acima de questões ideológicas.
    O MPL em nível federal é formado por representantes dos movimentos nas cidades, que constituem um Grupo de Trabalho (GT). O GT é formado por pelo menos 1 e no máximo 3 membros referendados pelas delegações presentes no Encontro. Os grupos locais de luta não presentes devem ter o aval dos movimentos que fizerem parte do GT. Deve-se garantir a rotatividade dentro do GT de acordo com as decisões do MPL local.

    Semana Nacional de Luta pelo Passe Livre

    A semana do dia 26 de outubro fica definida como Semana Nacional de Luta pelo Passe-Livre. Preferencialmente, as mobilizações devem ocorrer no dia 26 de outubro, e se possível no mesmo horário. Os MPLs locais devem ter autonomia para definir as atividades a serem realizadas. O GT deve procurar obter a programação de todas as cidades para divulgar por meios eletrônicos e outros.

    Outras resoluções

    - O MPL deve utilizar mídias alternativas para a divulgação de ações e fomentar a criação e expansão destes meios. Já o contato com a mídia corporativa deve ser cauteloso, entendendo que estes meios estão diretamente atrelados às oligarquias do transporte e do Poder Público.

    - O MPL se coloca contra todo tipo de preconceito (racial, sexual, gênero etc.).”





    Entendendo os princípios

    Leu a carta de princípios e ficou com dúvidas?

    Veja abaixo a definição dos princípios para compreender melhor nossa organização.

    Autonomia

    A autonomia é o mesmo que auto-gestão. Significa que todos os recursos financeiros do movimento devem ser administrados, criados e geridos pelo movimento. Aqui, não vale depender de doações de empresas, ONGs, partidos políticos e outras organizações.


    Independência

    A independência é uma das conseqüências da autonomia. Os coletivos do MPL são independentes entre si, em suas ações locais, desde que respeitem os princípios organizativos nacionais. O MPL também age independentemente de partidos políticos, ONGs, governos, ideologias e de unidades teóricas. O MPL depende apenas das pessoas que o constituem.

    Horizontalidade

    Todas as pessoas envolvidas no MPL devem possuir o mesmo poder de decisão, o mesmo direito à voz e a liderança nata. Pode-se dizer que um movimento horizontal é um movimento onde todos e todas são líderes, ou onde esses líderes não existem. Desta forma, todose todas tem os mesmos direitos e deveres, não há cargos instituidos, todos e todas devem ter o acesso a todas as informações. As responsabilidades por tarefas específicas devem ser rotatórias, para que os membros do grupo possam aprender diversas funções.

    Apartidarismo, mas não antipartidarismo

    Os partidos políticos oficiais e não-oficiais, enquanto organização, não participam do Movimento Passe Livre. Entretanto, pessoas de partidos, enquanto indivíduos, podem participar desde que aceitem os princípios e objetivos do MPL, sem utilizá-lo como fator de projeção política. O MPL não deve apoiar candidatos a cargos eletivos, mesmo que o candidato em questão participe do movimento.
     


    Federalismo

    O MPL é um movimento nacional que se organiza através de um Pacto Federativo, que consiste na adoção dos princípios de independência, apartidarismo, horizontalidade, decisões por consenso e federalismo. Isso confere autonomia a cada coletivo local, desde que estes respeitem os principios do Movimento Nacional. Os coletivos devem ainda estabelecer uma rede de contatos inter-coletivos, tentando ao máximo se aproximar uns dos outros, tornando real o apoio mútuo entre coletivos, o que garantirá organicidade
    ao Pacto Federativo do MPL.
     
    Fonte:  https://www.facebook.com/MovimentoPasseLivreSalvador/posts/485506608198041

domingo, 18 de agosto de 2013

A voz dos filhos LGBT



A TARDE publica a 4ª edição da Série "Filhos do Preconceito", que aborda casos de crianças e jovens que, por questões familiares, são obrigados a conviver com o preconceito social. O tema deste domingo trata dos filhos da comunidade LGBT.



Francisco* acaba de completar nove meses no ventre de sua mãe e está prestes a nascer. Ao contrário de muitos outros garotos, ele nascerá em um lar com duas mães, ambas de primeira viagem e, naturalmente, ansiosas com a sua chegada.
Ansiosas e também preocupadas. Não apenas por medo de colocar um filho em um mundo que está cada dia mais violento, mas também por receio de que ele se envolva com drogas durante a adolescência, preocupações comuns a qualquer família.


A administradora de empresas Mara Tavares* e a contadora Sandra Gomes* - que optaram pelo método de inseminação artificial, sendo Sandra a genitora - têm uma preocupação adicional: como criar um filho de um casal homossexual em um País preconceituoso como o Brasil?


É aqui que existe o maior número de assassinatos de homossexuais no mundo, com 44% dos casos.
Levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) - mais antiga organização de defesa de homossexuais do País, fundada em 1980 - mostra que, somente em 2012, foram assassinados 338 integrantes brasileiros do chamado grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).
O dado representa um crescimento de 27% no número de homicídios na comparação com 2011, ano em que foram registrados 266 casos. Desde 2005, houve um aumento de 317%.


"A realidade é muito maior que a estimativa, já que há muita subnotificação", diz o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira.
Preocupação
"Fico apreensiva ao imaginar como será para Francisco lidar com o fato de ter duas mães, com o preconceito na escola e em situações como a festa de comemoração do Dia dos Pais, por exemplo", diz Mara, 43 anos.
Se Francisco for como Lia*, de 8 anos, isso não será um problema. Não à toa, quando questionada sobre como foi saber que sua mãe, Andrea Miguez*, 34, namorava uma mulher, ela respondeu: "Achei normal. Sempre gostei da tia Lola*".


Tia Lola, que faleceu no início do mês passado em decorrência de um câncer, era a ex-companheira de Andrea, com quem conviveu durante seis anos.
Foi a própria Lia - fruto de uma relação anterior de Andrea com um homem - quem perguntou para a mãe, aos 4 anos de idade, se a tia Lola era sua namorada.


"Respondi que sim e em momento algum ela reagiu negativamente. Sempre foi algo muito natural para ela", conta Andrea.
Tão natural que a relação homossexual nunca foi mantida em segredo. "Os professores da escola em que ela estuda sabiam e o pai dela também. Minha ex-companheira me acompanhava nas reuniões de pais e festas. Nunca levantamos bandeira, mas nunca escondemos".
Lia conta que nunca comentou com nenhum dos colegas da escola sobre a namorada da mãe. "Por que eu falaria? É a vida delas".

A garota não tem nenhum episódio de preconceito em seu histórico por conta disso. Mas, se algum dia acontecer, garante que já sabe como se defender. "Vou ignorar. Ninguém tem nada com isso", afirma, de forma segura.


Brigas
Hoje com 16 anos, Caio Ribeiro* diz que gostaria de ter tido esta atitude quando, ainda garoto, os colegas da sua rua diziam que seu pai era "viadinho".
"Ficava com muita raiva deles e mais ainda do meu pai. Era difícil acreditar que aquela pessoa que sempre foi a minha referência masculina tinha se tornado homossexual", afirma.
Segundo o pai de Caio, as brigas eram constantes. "Volta e meia ele aparecia em casa machucado, porque tinha brigado com os meninos. Imagine o que é para uma criança saber que seu pai é gay porque a sociedade nos faz acreditar que este tipo de relação é uma coisa anormal?", pontua.
A verdade, segundo os especialistas, é que não há fórmulas para lidar com o 
preconceito.

"Creio que a melhor forma de ajudar as crianças a lidarem com essa questão é através da informação e do suporte a elas para enfrentarem as situações. A não omissão da verdade e a busca de ambientes, como escolas, que estejam em consonância com os valores da família são fundamentais", diz o psicólogo Adriano Cysneiros.
Citada no início desta matéria, a mãe de Francisco, Sandra Gomes, concorda e acredita que todos passam por algum tipo de preconceito na infância.
"Eu sofri porque sou negra, meu filho pode vir a sofrer porque terá duas mães. O mais importante é orientá-lo e mostrar que nossos valores são outros".



 

domingo, 4 de agosto de 2013

O Nascimento do PASSE LIVRE em SALVADOR - Diretamente da Ocupada de Salvador 03 de Agosto de 2013

Via Laise Leal:

O NASCIMENTO DO PASSE LIVRE EM SALVADOR - DA CÂMARA MUNICIPAL OCUPADA!!
*Vai ter gente dizendo "quem pariu o Passe que balance", mas vou dizer logo que só emprestei a barriga, e a inseminação foi artificial!!! hahahah
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