Carta aberta a Rede Globo de Televisão.
Senhores (as) que fazem a Rede Globo de Comunicação.
Saudações.
Nós Somos o Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania e Cidadania Homossexual – GLICH, ONG que milita em defesa dos Direitos Humanos da População em LGBT em Feira de Santana- Bahia e também atua como uma ONG/AIDS desenvolvendo ações de venção a epidemia da AIDS entre população Feirense.
Recebemos como muita pesar, tristeza e preocupação as declarações do participante do vosso programa BBB10 Marcelo Dourado na última terça–feira 02 de Fevereiro de 2009. Na oportunidade o infeliz senhor proferiu de forma inconseqüente, irresponsável e discriminatória a seguinte declaração:
“homens heterossexuais não pegam AIDS" e que se pegam é por que "transaram com outro homem em algum momento".
conversei com médicos e eles me disseram isso. “Um homem transmite para outro homem, mas uma mulher não passa para o homem.Mulher casada tem a doença é porque o marido dela foi errado e em algum momento foi bissexual".
Tal afirmação é equivocada e perigosa, carregada de preconceitos, pois direciona mais uma vez a epidemia da AIDS ao público homo/bissexual e trabalha no imaginário hetero a falsa idéia de imunidade a epidemia, além de reforçar de forma criminosa os estigmas e preconceitos entre o público homossexual que há anos sofreu com a culpabilidade da epidemia e que custou árdua e sofredora luta do movimento LBGT organizado para a desconstrução desta falsa realidade.
Milito há mais de 10 no enfretamento a epidemia da AIDS, já tendo participado de mais de 150 eventos no Brasil e no exterior dentro desta temática, já ouvi centenas de médicos, infectologistas, pesquisadores, mestres em ciências humanas e vários outros profissionais da área, e nunca ouvi nenhuma afirmação sobre homens heterossexuais não adquirirem AIDS a partir de relações sexuais heteros. E que esse contágio se dê apenas nas relações com homossexuais masculinos e bissexuais.
Senhores, vosso programa alcança índices absurdos de audiência. Milhares de jovens e adolescentes heterossexuais acompanham o BBB10 e neste momento esta população numerosa no Brasil pode está banalizando o perigo da AIDS e se achando imune a doença, baseados em declarações de um ser - humano desqualificado cientificamente e sem condições de responder nem mesmo pela sua própria prevenção.
Senhores (as) que fazem a Rede Globo de Comunicação.
Saudações.
Nós Somos o Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania e Cidadania Homossexual – GLICH, ONG que milita em defesa dos Direitos Humanos da População em LGBT em Feira de Santana- Bahia e também atua como uma ONG/AIDS desenvolvendo ações de venção a epidemia da AIDS entre população Feirense.
Recebemos como muita pesar, tristeza e preocupação as declarações do participante do vosso programa BBB10 Marcelo Dourado na última terça–feira 02 de Fevereiro de 2009. Na oportunidade o infeliz senhor proferiu de forma inconseqüente, irresponsável e discriminatória a seguinte declaração:
“homens heterossexuais não pegam AIDS" e que se pegam é por que "transaram com outro homem em algum momento".
conversei com médicos e eles me disseram isso. “Um homem transmite para outro homem, mas uma mulher não passa para o homem.Mulher casada tem a doença é porque o marido dela foi errado e em algum momento foi bissexual".
Tal afirmação é equivocada e perigosa, carregada de preconceitos, pois direciona mais uma vez a epidemia da AIDS ao público homo/bissexual e trabalha no imaginário hetero a falsa idéia de imunidade a epidemia, além de reforçar de forma criminosa os estigmas e preconceitos entre o público homossexual que há anos sofreu com a culpabilidade da epidemia e que custou árdua e sofredora luta do movimento LBGT organizado para a desconstrução desta falsa realidade.
Milito há mais de 10 no enfretamento a epidemia da AIDS, já tendo participado de mais de 150 eventos no Brasil e no exterior dentro desta temática, já ouvi centenas de médicos, infectologistas, pesquisadores, mestres em ciências humanas e vários outros profissionais da área, e nunca ouvi nenhuma afirmação sobre homens heterossexuais não adquirirem AIDS a partir de relações sexuais heteros. E que esse contágio se dê apenas nas relações com homossexuais masculinos e bissexuais.
Senhores, vosso programa alcança índices absurdos de audiência. Milhares de jovens e adolescentes heterossexuais acompanham o BBB10 e neste momento esta população numerosa no Brasil pode está banalizando o perigo da AIDS e se achando imune a doença, baseados em declarações de um ser - humano desqualificado cientificamente e sem condições de responder nem mesmo pela sua própria prevenção.
Na outra ponta milhares de Homossexuais também assistem o BBB e neste momento, como eu, sentem-se envergonhado, ultrajados e descriminados frente às afirmações caluniosas e baseado no “machismo” e na ignorância absoluta deste senhor.
A Rede Globo tem por princípios éticos e responsáveis corrigir este terrível equívoco, de forma que estas declarações não venham a causar um dano devastador na relação Epidemia x Prevenção.
Sugerimos que a produção deste programa providencie um Voluntario de uma ONG/AIDS ou um profissional de saúde para proferir palestra esclarecedora para os participantes do BBB10 e que esta palestra seja mostrada ao vivo para todo Brasil.
A população brasileira tem o direito de resposta para que suas vidas não sejam colocadas em riscos devido às falsas e irresponsáveis declarações deste pobre senhor chamado Marcelo Dourado.
A epidemia da AIDS cresce de forma significativa entre o público de homens e mulheres heterossexuais e a via Oral e Vaginal são cientificamente comprovados como via de transmissão do vírus HIV.
Não existe no Brasil e no mundo até o momento nenhum estudo que comprove as afirmações do senhor Marcelo Dourado.
Aguardamos as providências.
Grato,
Rafael Carvalho.
Presidente do GLICH
75/3489-6326
75/9123-6398
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