A trajetória de crescimento do setor pode ser percebida pelos percentuais no intervalo entre 2009 e 2011, quando a produção aumentou 12,5% e o valor comercializado subiu 41%. “Isso demonstra que o mercado está aquecido, estimulando fazendeiros e donos de indústrias a ampliarem suas instalações, o que, consequentemente, gera mais empregos”, ressalta Gabrielli.
O Estado de São Paulo é o maior produtor do país, respondendo por cerca de 75% da movimentação do setor. A Bahia, por sua vez, ocupa a segundo posição no cenário nacional, com mais de um milhão de toneladas produzidas em 2011.
Contudo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na hora de fazer as contas do que é vendido, a Bahia fica atrás de Minas Gerais, apesar de registrar uma colheita maior. Para dar uma ideia dessa diferença, em 2011, Minas Gerais colheu 200 mil toneladas a menos que a Bahia, porém faturou R$ 115 milhões a mais com a produção.
“Um dos motivos para a desvalorização da nossa produção em comparação com outros estados é que a maior parte do que é produzido aqui na Bahia é levado para Sergipe, onde passa por processamento e depois é exportado”, explica o economista e secretário do Planejamento. “Se tivéssemos a estrutura para processa e fazer a venda da laranja sem precisar passar por Sergipe, os produtores teriam menos custos e poderiam negociar a laranja por preços mais altos”, acrescenta.
O município baiano que mais produz é Rio Real, responsável por 35% da produção no estado. Ele fica localizado na fronteira com Sergipe, o que facilita o transporte da safra para o estado vizinho. Itapicuru é o segundo município produtor, com 19%, seguido de Inhambupe, com 9%.
“Mesmo perdendo nas vendas para Minas Gerais, os três últimos anos foram positivos para a Bahia, período em que foi registrado aumento tanto da produção quanto do valor negociado”, observa Gabrielli.
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