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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Apesar de ser a bola da vez e por mais organizados que sejam...

...As entidades lgbts continuam alijadas do processo político eleitoral. Ainda usados como “experimento” a carga pessoal e profissional de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros são subutilizadas, ou usada de forma escondida como criminosos. Mas lógico! Movimento LGBT TEM LIMITES! E limitações, assim decidiram “eles”.

Tomar conhecimento de que um político apóia, implementa, decreta e garante políticas de governo para LGBTs faz dos conservadores ainda mais raivosos. Numa revolta coletiva que os mesmos usam contra uma garantia que deveria ser “CONSTITUCIONAL” infligindo leis, aplicando a cultura derrotista que a maioria do nosso povo tem, eles se entrincheiram para errar em nome do poder, pelos votos dos seus eleitores que na urna não importa de quem seja, importa o voto sem a mínima preocupação na transformação dessas vidas que foi julgada e condenada pelos capitalistas. Por isso gay bom é gay rico e silencioso. Lésbica que atue, que seja coerente é rapidamente amordaçada.

Amigos do poder, "esses loucos e loucas" que estão o tempo todo sem entendimento da realidade pessoal que nos faz passar longe das políticas públicas de reparação, de garantia de cidadania e direitos humanos, além das jurídicas e civis. Um deputado ou deputada estadual ou federal não quer chegar a nenhuma cidade pelas mãos de homossexuais assumidos, afirmados, inteligentes e politizados. “Enfrentar a voz do povo é enfrentar a voz de DEUS” e isso tira votos.

Continuam reverberando o discurso arcaico, de mais de quinhentos anos, sem entendimento de que há uma mudança de comportamento no século XXI. Ainda não há a inclusão digital propriamente dita, porque “POBRES E PRETOS FAVELADOS” só interessam no dia do voto, da forma antiga como se é feita a campanha política no Brasil. Muita coisa mudou, muita coisa há pra ser mudada. A cultura de pão e circo, foi destronada? A quem ela serve? Não há mais SHOWMICIO como a direita e neoliberal sempre fez?

Não se tem legitimidade para representar a comunidade se você não faz parte dela, mas também não há legitimidade se você for dela. E o contra senso continua até que o Presidente Luiz Inácio da Silva que utiliza seu “nome social” LULA, provocado por homossexuais e outras pessoas que lutam contra desigualdades resolve reconhecer no ultimo dia 04 de junho de 2010 que há homofobia nacional, pressionado pelo avanço de 199O em que a OMS retira do cadastro de doenças o homossexualismo falando em homossexualidade de frente como um comportamento, seguindo o modelo do dia 17 de maio como dia mundial de combate a homofobia, a partir de 2011 terá o dia nacional.

O que ainda não se sabe é como podemos deixar que representantes (no coletivo) do segmento LGBTs se deixem enganar por políticos sórdidos que tem interesse mesmo é no poder, não como via de transformação social mas como manutenção dos seus cargos políticos e das suas benesses. Ainda nos pedem calma, ainda nos dizem devagar quando a reparação precisa existir desde a fundação do pais. A informação que chegam até nós é perigosa para os homens e mulheres do poder, a manutenção da ignorância coletiva ainda é a forma de nos mantermos cativos dos “FAVORES” individuais usados para ameaçar homossexuais que se venderam. E que continua a se vender pela incapacidade do estado e do pais em não reconhecer, sequer citar essa exclusão meritócratica da política de manutenção de mesmos quadros no poder. A alternância do poder é importante para que possamos ou sentir saudades do que passou, ou nem sequer querer lembrar. Não queremos paliativos, queremos uma postura de governo, uma lei de governo para fazer o combate e a redução de danos a quem não puder ser reparado, que já tenha morrido como Janaina Dutra. Queremos aqui e agora o “Bahia sem homofobia” nos 417 municipios, funcionando, fiscalizado, mapeado e garantido por lei. Sem autofagismo.

Por isso é necessário, faz-se necessário a autoanálise mas basta uma única forma para descrever a postura da pessoa a quem daremos nosso voto: Se ele tem vergonha de mim, eu também tenho vergonha dele. Ou delas....

“...Enquanto isso na sala da justiça” o projeto de lei complementar contra homofobia 122/2006 continua na gaveta esquecido pelo descaso.

Lyz

Cruz das Almas.Recôncavo da Bahia. Brasil
www.lyzedebora.blogspot.com
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