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domingo, 10 de maio de 2009

VOTO EM COSTUREIRO ELEGE POLICIAL LINHA-DURA EM SP




O companheiro de partido do apresentador e deputado federal eleito Clodovil Hernandes (PTC) na Câmara dos Deputados é o coronel da reserva da Polícia Militar Jairo Paes de Lira, de 53 anos.


Com 35 anos de serviços prestados à PM, o ex-comandante do 3º Batalhão de Choque e do Policiamento Metropolitano da Capital confessa-se conservador e linha-dura. Defende "filosoficamente" a pena de morte, que considera "um remédio social", abomina o aborto sob o argumento de que "a vida começa no momento da concepção" e posiciona-se contra a união civil entre homossexuais "uma vez que a Constituição é clara ao dizer que casamento é entre homem e mulher".


Apesar do perfil conservador, o coronel garante que não tem atritos com Clodovil, assumidamente gay. "Isso é irrelevante. Ele concorreu e não só venceu, como os votos que ele teve provocaram a minha eleição. Não quer dizer que eu tenha de aderir. Respeito todas as pessoas. Todas as pessoas são filhos de Deus. O que não quer dizer que concorde com o modo de vida delas necessariamente", afirma.


Cordão do Clodovil


Graças a Clodovil, que puxou 493 mil votos para o PTC, Coronel Paes de Lira assumirá o mandato com saldo de cerca de 7 mil votos, enquanto concorrentes de outros partidos com 10 vezes mais votos ficaram fora. Reformado há pouco mais de um ano da PM por força da lei que não permite aos comandantes exercer funções por mais de cinco anos, Paes de Lira militou na defesa do "não" ao desarmamento no ano passado. "Meu perfil é muito bem conhecido. Sou conservador, defendo a família, a pátria e a religião. Tenho um perfil duro, uma história dura na preservação da ordem pública", afirmou.


Paes de Lira quer colocar o seu mandato a serviço do endurecimento das leis penais. Para ele, a crise na segurança pública em São Paulo é provocada por "uma política torta e torpe de direitos humanos, que propiciou a arrogância do crime organizado e o levante contra policiais que estão sendo caçados na via pública".


O coronel conta que nunca matou, mas admite que já usou a força. "Envolvi-me em confrontos com marginais armados. Não tive necessidade de eliminação física de ninguém, mas de usar a força, sim, desde os tempos de major. O Estado moderno não pode abrir mão da força", prega.
O novo deputado paulista é casado há 28 anos e tem três filhos, curso superior na Academia do Barro Branco - a mesma que mais tarde comandou - e pós-graduação na Universidade Mackenzie.


Paes de Lira quer colocar o seu mandato a serviço do endurecimento das leis penais. Para ele, a crise na segurança pública em São Paulo é provocada por "uma política torta e torpe de direitos humanos, que propiciou a arrogância do crime organizado e o levante contra policiais que estão sendo caçados na via pública".

Ele calculava que teria de alcançar 20 mil votos para conquistar a vaga. Ele recebeu a notícia de sua eleição para deputado federal com surpresa. "Eu estava completamente tranqüilo. Fiz uma campanha sem recursos, baseada em algumas causas e na minha vida profissional. Aceitei como algo inesperado", disse.


"É uma eleição modesta, mas o importante é que tenho uma plataforma que vai ser respeitada. Pretendo fazer nestes anos uma legislatura que defenda essa causa", afirmou.

fonte G1

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