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sábado, 29 de junho de 2013

Sobre por onde anda o coração

Ninguém erguerá muros
Diante de meu povo
Sem que meu povo
Erga braços para derrubá-lo.

Ninguém impedirá
Os caminhos livres de meu povo
Nem barrará teus passos
Diante de meus olhos.

Não destruirão
Qualquer segundo de luta
Por que lutar é eterno
E só por isso meu povo não morre.

Nenhum com ideias doentes passará,
Pois cortaremos teus pés.

Nossos braços possuem aço,
Nossos olhos, o escarlate que escorre
Dos joelhos,
Das mãos,
Da fumaça das máquinas.

Tão só por isso,
Uma cor de sangue:

Vermelho.


CLARISSA DAMASCENO MELO

* Estudante de Letras. 

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