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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Boy George pede que o Brasil tire Dourado do BBB 10


Cantor Boy George pede que Dourado saia do BBB
Por Redação 24/2/2010 - 17:24




O cantor britânico Boy George, que ganhou fama como vocalista do lendário Culture Club, entrou na campanha, via Twitter, para tirar Marcelo Dourado do Big Brother Brasil 10. Em seu perfil no serviço de microblog ele pede aos brasileiros que tirem Dourado do programa.

"Homofóbico lidera o Big Brother Brasil. Brasileiros, votem para que esse homem que odeia gays saia da casa", clama Boy George. Em seguida ele pede a Deus que "abençoe todas as lésbicas", em clara referência a Angélica, lésbica assumida, eliminada no paredão de ontem, terça-feira (23/02) com 55% dos votos.

A participação de Marcelo Dourado tem causado tanta polêmica, que até o site norte-americano, Advocate, está acompanhando os a participação dele na casa do BBB 10.


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Homens grávidos dos Estados Unidos da América


Identidade de gênero versus Orientação sexual

Posted: 26 Feb 2010 07:41 PM PST

por Leonardo em Em Trânsito



Já ouviram falar de Thomas Beattie e Scott Moore, os homens grávidos dos EUA?
Então, em 2008 Thomas Beattie ficou conhecido na mídia e no mundo como o “primeiro homem grávido do mundo”. O outro caso é mais recente: Scott Moore (foto), que é casado com outro transexual masculino, dará a luz a um bebê esse mês. Não foram os primeiros FTM’s (transexuais masculinos) a engravidarem, nem foram os únicos, mas provavelmente foram os mais famosos.

Incrível, não? A natureza humana é mesmo surpreendente. Muitos FTM’s rechaçam a atitude destes homens de engravidarem, por não ser a gravidez algo que condiz com a natureza do homem, alguns dizem que isso mancha a reputação dos FTM’s como homens. Mas também é compreendido como um ato de amor: uma necessidade muito grande de ter um filho e um desejo de igual tamanho de repassar seus genes.

Chamei a atenção ao assunto para poder falar um pouco do conceito tão difícil de ser entendido para alguns: identidade de gênero. O Thomas Beattie é homem transexual e é casado com uma mulher (que não pode ter filhos, por isso ele teve). O Scott Moore é transexual masculino e é casado com outro homem transexual.

Vocês, mais do que ninguém, sabem como ser mulher ou ser homem não implica em ser homo, bi ou heterossexual. Alguns podem pensar que o transexual masculino (FTM) é uma “sapatão muito sapatão”, e uma transexual feminina é “um gay muito feminino”. A sexualidade humana, no entanto, não funciona desse jeito.

Identidade de gênero é como você se sente e vê a si mesmo (como homem, como mulher ou como alguma coisa entre os dois). Orientação sexual é por quem você se atrai: homens, mulheres, travestis, MTF’s, FTM’s, alguns destes ou apenas um destes. Observe que masculinidade e feminilidade também destoam desses conceitos: há mulheres héteros masculinas, mulheres lésbicas femininas, gays muito femininos e por aí vai.

Então o que dizer a respeito da orientação sexual do Thomas e do Scott? Bom, homem transexual que gosta de homem é gay, homossexual. Homem transexual que gosta de mulher é hétero. A orientação sexual do transexual vai depender de como ele se identifica, sua identidade de gênero, não de seus genes. O Thomas é hétero, o Scott é gay.

E o homem genético ou a mulher cisgênera (que não é trans), se gostarem de FTM’s e MTF’s, são homo ou hétero? Se atraem geralmente por FTM’s mulheres cisgêneras heterossexuais e homens cisgêneros homossexuais (gays). Da mesma forma que se atraem por MTF’s homens cisgêneros heterossexuais e mulheres cisgêneras homossexuais (lésbicas). E FTM’s podem gostar de FTM’s e MTF’s, e MTF’s podem gostar de FTM’s e MTF’s – vocês imaginam.

É usado no “meio trans” os termos “MTF-lover” e “FTM-lover”, numa analogia a como é chamado o t-lover, um homem que gosta de travestis ou transexuais femininos (mulheres que tenham um pênis). Mas travestis e t-lovers ficarão para a próxima coluna.

Abraços e até lá.

Patinador do gelo escolhe "POKER FACE" de Lady Gaga e é criticado duramente por jornalistas.

Sobre homossexualidade medieval, antiga e contemporânea



Fonte: www.mixbrasil.com.br

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

E ainda vamos amargar o conservadorismo quanto ao PNDH III

Fotos: Eduardo Seidl

PNDH 3: "só ampliação do debate pode vencer disputa ideológica"


Em palestra realizada em São Paulo, Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos afirmou que a polêmica em torno do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos revelou a permanência de um forte pensamento reacionário no país. Para ele, somente a mobilização em torno da defesa dos direitos humanos pode garantir a efetiva criação da Comissão da Verdade. "Que as pessoas sigam defendendo o golpe de 64 faz parte de uma sociedade democrática. Não dá para proibir que pensem que o regime foi bom. O que não podemos aceitar é a conivência com os crimes, com o ocultamento de cadáveres, com a tortura sistemática"

Bia Barbosa

Visivelmente emocionado, o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), participou na noite de segunda-feira (22), em São Paulo, de um debate promovido pela Casa da Cidade sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos-3. Depois de uma explanação de mais de uma hora, onde relatou em detalhes todo o processo de construção e negociação do PNDH-3 com a sociedade civil e dentro do governo federal, Vannuchi discutiu com um auditório lotado os principais desafios para a implementação do Programa no próximo período. E afirmou que a disputa ideológica em torno do Programa só será vencida junto à sociedade brasileira se o debate for ampliado fortemente Brasil afora, já que ainda persiste no país um forte pensamento conservador, não superado nesses mais de 21 anos de constituição democrática.

"Nunca desconfiei que haveria tamanha pancadaria. É possível que isso tenha acontecido porque as primeiras críticas vieram de dentro do governo [em referência ao ministro da Defesa Nelson Jobim]. Aí a oposição aproveitou e colocou uma cunha na discussão. Também é possível que alguns trechos do programa precisassem de redações melhores. Mas fiquei triste e surpreso de pensar que havia um pensamento conservador reacionário no país.", disse Vannuchi. "Que as pessoas sigam defendendo o golpe de 64 faz parte de uma sociedade democrática. Não dá para proibir que pensem que o regime foi bom. Mas o que não podemos aceitar é a conivência com os crimes, com o ocultamento de cadáveres, com a tortura sistemática", completou.

Na avaliação do ministro, mesmo com a formação do grupo de trabalho que enviará ao Congresso Nacional o projeto de lei para criar a Comissão da Verdade, não há nenhuma garantia de que o órgão seja efetivamente criado. "Somente se tivermos capacidade e energia para ampliar os debates vai sair uma Comissão da Verdade", afirmou.

Nesta semana, os integrantes do GT participarão de uma oficina com especialistas da ONU e da OEA (Organização dos Estados Americanos) para discutir a base constitucional da Comissão da Verdade e conhecer experiências de outros países que passaram por processos de reparação. Vannuchi também foi convidado para debater o tema em cinco comissões do Senado e na Câmara dos Deputados. "Vou passar março e abril exercitando paciência e serenidade. Mas já há um movimento permanente de defesa do Programa. Das 521 ações propostas, as críticas não ultrapassam 21. Então há um amplo consenso que mostra que temos que seguir adiante", acredita.

Entre as estratégias para o debate público sobre o Programa de Direitos Humanos está a adoção de uma linha de não criticar o conjunto das Forças Armadas, e sim defender a investigação do máximo possível de atores envolvidos na ditadura militar, e adotar falas positivas em relação à corporação militar.

"Achar que as forças armadas pensam só o que pensa o Clube Militar é um erro. No Clube está o pessoal de pijama, que participou diretamente daquilo tudo. Por outro lado, em 21 anos, eles não se envolveram em nenhum movimento golpista. Então me preocupo em sinalizar uma mão estendida, acreditando que o país tem que reconhecer suas forças armadas, mas que para isso é necessário abrir os arquivos da ditadura e pedir perdão", acredita Vannuchi. "Com a polêmica da Comissão da Verdade, acabamos desnudando um problema mais importante: qual a transição que as forças armadas fizeram para um programa democrático em nosso país? Agora em março, por exemplo, se forma na escola de Agulhas Negras a turma General Emílio Garrastazu Médici. Este é um problema da democracia do Brasil que esta crise ajudou a ficar mais claro", disse.

Na avaliação de Paulo Vannuchi, nas últimas décadas a esquerda não percebeu que as forças armadas são um tema muito importante para ficar apenas nas mãos dos militares. É algo que precisa envolver sociólogos, historiadores, profissionais de relações internacionais, acredita. "Por isso, é hora de ter humildade para reconhecer erros e serenidade para assegurar uma dose dez vezes maior de firmeza e determinação para defender o Programa, que é algo bom para o país".

Mudanças em curso
Para além da criação da Comissão da Verdade, entre os erros que o ministro pretende corrigir estão temas como a legalização do aborto e a proibição de símbolos religiosos em prédios públicos. Também esta semana Vannuchi se reunirá com o movimento de mulheres para construir um acordo em torno da redação do aborto. A idéia é aprovar um texto que amplie as possibilidades de exercício do abortamento legal, considerando a questão da saúde pública, mas sem passar pela "autonomia da mulher para decidir sobre seu próprio corpo", já que aí há uma discordância do próprio Presidente Lula. Sobre a questão dos símbolos religiosos, o ministro acredita que a diretriz do Programa que pretende impedir símbolos religiosos em prédios públicos foi descuidada e deve ser alterada.

Já a crítica dos ruralistas ao PNDH-3 é tida como "desproporcional e mentirosa". "É só ler o Programa. Queremos a garantia que, nos processo de reintegração de posse, ou seja, depois que o direito à propriedade já foi defendido na Justiça, que não haja mortes. O que dissemos é que o direito à propriedade não pode ser absoluto, pairando sobre o direito à vida", explicou. "A questão da união civil homossexual e da adoção por casais homoafetivos também é uma posição da qual não se pode permitir recuo. Estamos falando de um preconceito que, daqui 20 anos, será visto como piada", afirmou.

Com esta posição, tudo leva a crer que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil manterá suas críticas ao PNDH-3, o que não parece preocupar Vannuchi. "A CNBB não vai me apoiar de jeito nenhum. Esta não é a igreja de Dom Paulo Evaristo Arns. É uma igreja muito parecida com a de 1964. Alguns bispos chegaram a fazer uma nota odiosa dizendo que o Programa “ameaça retomar conflitos sociais que a Lei de Anistia apagou”. Foram contra até a busca dos corpos dos desaparecidos, um direito sagrado que foi imortalizado na imagem de Maria, da Pietá, carregando seu filho", criticou.

A idéia, por ora, é fazer o menor número de alterações possíveis no Programa. Uma versão sinalizada pelo próprio ministro com os pontos polêmicos já está nas mãos do Presidente Lula, que deve debater o tema nos próprios dias com Vannuchi. Somente na semana passada Lula se posicionou de forma mais contundente em defesa do PNDH-3 e da permanência do ministro em seu governo, depois de todo o conflito criado entre a Secretaria Especial de Direitos Humanos, o Ministério da Defesa e o Ministério da Agricultura.

"O apoio do governo demorou. Foi muito tempo apanhando sozinho. Hoje é o primeiro dia em que falo sobre este tema depois de uma legitimação pública do Programa, que não veio do governo. Recebi o apoio institucional do PT, que em seu congresso aprovou por unanimidade uma moção de apoio incondicional ao PNDH-3", declarou.

No dia 8 de março, a SEDH lançará o terceiro exemplar de uma coletânea sobre o direito à memória, contando histórias das torturas e violações de direitos das mulheres durante a ditadura militar. Já foram lançados livros sobre as violações contra os negros e as crianças.

"Vou entregar pessoalmente um exemplar ao Jobim para ver se essas histórias deslocam um pouco sua visão", brincou Vannuchi. " O que está proposto aqui é a vida da democracia, a idéia de incorporar um Brasil de todos", concluiu, aplaudido longamente de pé pelos presentes.

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16402&boletim_id=650&componente_id=10853

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Fórum parada lésbica.




por Del.

Mais uma ferramenta social foi lançada para lésbicas! Discuta, troque informações, conheça outras meninas, faça downloads! Participe!
Mulheres e meninas, com muito orgulho informo o lançamento do fórum Parada Lésbica.

O fórum é um espaço para trocarmos idéias e discutir sobre o mundo lésbico.
Decidimos criar o fórum pois as meninas que frequentam o leskut, geralmente vão mais lá em busca de relacionamento e os debates nas comunidades acabam ficando totalmente de lado.

Em um fórum não tem como isso acontecer, pois ele é mais textual e não será obrigada a utilização de uma foto pessoal como é no Leskut.

Então se você:

■Gosta de debater seus assuntos preferidos.
■Quer se manter bem informada e conhecer mulheres inteligentes e boas de papo.
■Deseja tirar dúvidas e desabafar sobre seus problemas.
■Fazer downloads de filmes, seriados e etc.
■E muito mais!
Clique aqui: http://paradalesbica.com.br/forum/e faça sua inscrição agora!


A participação masculina, é permitida, pois também queremos agregar a população gay masculina. No entanto ,caso heteros inconvenientes apareçam, serão removidos do fórum assim que forem denúnciados.

O fórum ainda está com pouco conteúdo, mas conto com todas vocês pra deixá-lo bem informativo e legal.

Seções do Fórum e seus objetivos:

Notícias & Mídia – Televisão, BBB, celebridades, fofocas, notícias e política, é o fórum pra quem gosta de conversar sobre o show business e atualidades

Sobre o Fórum – Esclarecimento de dúvidas, denúncias, leitura das regras e etc.

Bate papo & Debate – Para quem gosta de conversar, trocar msn, propor discussões.

Erotismo – Vídeos, sites, links, fotos sensuais, dúvidas sobre sexo.

Sapas no Divã – Está com problemas e quem compartilhar com as meninas do fórum? Sente-se no divã e conte sua história.

Sobre o Site – Feedback para o site Parada Lésbica. Proponha colunas, faça sugestões, críticas e etc.

Colunistas – Àrea das colunistas, as colunistas devem entrar em contato comigo para ter seu fórum de discussão exclusivo.

Leituras Escrevem – O local aonde você pode postar seus textos, poesias e contos!

Literatura Lésbica – Indique livros, divulgue livros!

Eventos - Festas, palestras, mostras, lançamentos, informe e divulgue os eventos do nosso meio!

Sites & Blogs – Tem um blog e quer divulgar? Conhece um site legal e quer indicar? O lugar é aqui.

Downloads – Filmes, seriados, programas e MP3. Compartilhe arquivos!

Caso queira sugerir uma seção, clique aqui!

Aguardo todas lá, vamos nos unir!


Blogueiro diz que irá

A QUEDA....


Paulo Octávio renuncia ao governo do Distrito Federal
23/02 - 18:04 - Valor Online



BRASÍLIA - A carta de renúncia do governador interino do Distrito Federal (DF), Paulo Octávio, foi lida há pouco na Câmara Legislativa do DF. Na mensagem, ele afirmou que deixou o cargo por não ter apoio para governar o Distrito Federal. "Saio da cena política e me coloco nas fileiras da cidadania.


"As negociações tornaram mais caras para mim encontrar a governabilidade", disse Paulo Octávio, na carta lida pelo deputado Cabo Patrício (PT), que assumiu a presidência da Câmara no lugar de Wilson Lima (PR).

Mais cedo, Paulo Octávio anunciou sua desfiliação do DEM e reclamou da falta de apoio de legenda, que já cogitava sua expulsão. "Sem apoio do DEM considero perdida as condições para pedir apoio a outros partidos", afirmou.

Com a renúncia de Paulo Octávio, o governo será chefiado pelo deputado Wilson Lima (PR), que estava na presidência da Câmara, conforme a linha sucessória da Lei Orgânica do Distrito Federal.

(Agência Brasil)

Empregos na Bahia.

Empregos na Bahia.


A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) inscreve até 5 de março para concurso para agentes de combate à endemias. São 1.816 vagas para trabalhar nas prefeituras de 82 municípios baianos. Ver edital em anexo. O salário varia de R$ 510 a R$ 729,75, a depender da cidade onde o aprovado vai trabalhar.

Outro concurso que está com inscrições abertas é o da Fundação Estatal da Saúde da Família com 1.200 vagas s (vagas efetivas e formação de cadastro de reserva) para os níveis médio e superior. A remuneração varia de R$ 830,00 R$ 4.065,69.

Vagas de empregos. Acessem abaixo:

http://www.fesfsus.net.br/.

http://www.fundacaocefetbahia.org.br/sesab/ace/concurso.asp

Fonte: Assessoria de comunicação o mandato da Deputada Neusa Cadore.

Para o bem de cidadãs e cidadãos: Fora D-O-U-R-A-D-O-!!!!


Fora Dourado!


Já chega a violência não incitada que existe em nosso país.


Nada a dizer para quem entende que somos todas e todos humanos e temos direitos iguais. Dourado é um perigo a paz nacional! Então: Fora DOURADO! Não se trata de caças as bruxas. Trata-se de justiça social.

Cliquem abaixo:

http://bbb.globo.com/BBB10/Paredao/Votacao/0,,17411-p-2801,00.html

domingo, 21 de fevereiro de 2010

"sem bravatas e sem submissão" Diz Dilma em seu discurso.


Íntegra do discurso de Dilma Roussef no 4ºcongresso do PT


Brasilia, DF. 20/02/2010

Queridas companheiras,
Queridos companheiros
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é um dia extraordinário.
Meu partido - o Partido dos Trabalhadores - me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.
A obra de um líder - meu líder - de quem muito me orgulho: Luiz Inácio Lula da Silva.
Jamais pensei que a vida viesse a me reservar tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, serenidade e confiança.
Neste momento, ouço a voz de Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
"Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança"
Até hoje sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.
Que força ela me deu. Quanta vida me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou.
Eram tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos - generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.
Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta - Mário Quintana - a força necessária para seguir em frente:
"Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho."
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.
Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola ou numa prisão.
Estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos expressam livremente suas opiniões e suas idéias.
Um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.
Vejo nesta manhã - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão - um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso com o país às últimas conseqüências.
Amadureci. Amadurecemos todos.
Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande e aqui.
Mas esse amadurecimento não se confunde com conformismo, nem perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país.
Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas.
Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de buscar e construir um mundo melhor.
A história recente mostrou que estávamos certos.
Tivemos um grande mestre - o Presidente Lula. Ele nos ensinou o caminho.
Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.
Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.
Companheiras, Companheiros
Recebo com humildade a missão que vocês estão me confiando. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante - o Presidente Lula.
Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.
Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país - a força do povo brasileiro.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos.
Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais.
Dos que labutam em nossos campos.
Dos profissionais liberais.
Dos intelectuais.
Dos servidores públicos.
Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros. Dos índios. Dos jovens.
De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres.
Para muitos, elas são "metade do céu". Mas queremos ser a metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades. Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional.
É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia.
Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda.
Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos.
Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.
Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candieiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil a fora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Muitos me perguntam porque o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, derrubando velhos dogmas.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável.
Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos.
O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto.
Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados.
Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que nos pede dinheiro.
Grande ironia: os mesmos 14 bilhões de dólares que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.
Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das grandes cidades.
Essa situação está mudando. O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo.
Nós vamos aprofundar esse caminho. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da "Maria Fumaça". O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso.
Aqui, o desastre só não foi maior - como em outros países - porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de "inchaço da máquina estatal". Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização.
Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país.
Diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País.
Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008:
É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.
O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo.

O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.
O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que está ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros.
Hoje crescemos, distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, expansão da democracia, forte participação social na definição das políticas públicas e respeito aos Direitos Humanos.
Quem duvidar do vigor da democracia em nosso país que leia, escute ou veja o que dizem livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições - ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas - ao silêncio das ditaduras.
Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a constituir uma nova e verdadeira opinião pública.
As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos casuísmos. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos - como se fez no passado - as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce sobre o qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo.
Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.
Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.
Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula - seu olhar social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso - da creche a pós-graduação.
Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que estamos construindo. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da população brasileira. E eles têm direito a um futuro melhor.
O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados.
Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores bem treinados e bem remunerados. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho de todo o Brasil.
Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica.
As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância até a vida adulta, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.
Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso a socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis a seu pleno desenvolvimento. Isso é o que está previsto no PAC 2.
Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional - o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e universalizar o saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente.
Vamos reforçar os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso.
Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d'água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade.
Agregar valor a nossas riquezas naturais, é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil, deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal, vão gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.
Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura. Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros. Um debate voltado para o futuro.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.
Queridas amigas e amigos
No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada à tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história.
Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Permitam-me recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas.
Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos
Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui entre nós todos.
Iara Yavelberg.
Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.
A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro - Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores.
Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT.
Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso.
Mas não mudou de lado.
Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados da Federação, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o Partido trouxe para a política brasileira foi colocar o povo - seus interesses, aspirações e esperanças - no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam a sua jornada de trabalho, uma segunda jornada - ou terceira - a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranqüilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha.
A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões.
Vamos todos juntos, até a vitória.

Viva o povo brasileiro!


Fonte: Luis Carlos Assessor de Comunicação Deputado Professor Valdecir (PT/BA)

PT deve dizer "não" a PMDB?

PT deve dizer "não" a PMDB, afirma Singer
ANA FLOR
da Folha de S.Paulo

Num momento em que a simples menção ao PMDB no documento petista sobre políticas de alianças provocou intenso debate no congresso do partido que terminou ontem --e que resolveu não citar a sigla como principal aliada na campanha--, o cientista político André Singer vai além: defende que o PT tenha coragem de dizer "não" ao PMDB.

Singer, que foi secretário de Imprensa e porta-voz da Presidência no primeiro mandato de Lula, afirma que o "baixo teor programático do PMDB é danoso para o sistema partidário brasileiro" e que o PT ganharia mais se desse preferência a uma aliança com o PSB.

FOLHA - O PT ainda é um partido de massas e de trabalhadores?
ANDRÉ SINGER - Continua sendo, mas já com as mudanças que eram previsíveis, de acordo com a trajetória dos grandes partidos socialistas das democracias ocidentais. O PT teve uma trajetória de sucesso eleitoral relativamente rápida. Isso faz com que o peso no partido dos que têm mandato comece a crescer. Essa trajetória faz com que o grau de participação, a chamada militância, vá diminuindo ao longo do tempo. Não é mais a militância da primeira década.

FOLHA - O que fez a influência de Lula crescer tanto no partido?
SINGER - O principal fator é o que eu tenho chamado de lulismo. É um fenômeno novo. Não é o resultado, ao meu ver, de um realinhamento eleitoral. A base social que elegeu Lula em 2006 é diferente da que o elegeu em 2002. Essa nova base social são os eleitores de baixíssima renda, foram o resultado de políticas de governo do primeiro mandato. Esse primeiro mandato significou uma mudança tão importante na estrutura eleitoral do país que deu ao presidente uma base que é relativamente autônoma do partido.

FOLHA - É uma base diferente daquela que sustenta o PT?
SINGER - O PT tem uma base eleitoral ampla, mas é uma base historicamente de classe média. O lulismo trouxe essa novidade de estar ancorado nessa base de baixo. Isso faz com que a adesão seja mais a uma figura que tem grande visibilidade do que a uma instituição, a um partido. Eu acho que é possível que haja uma convergência entre essa base social e o PT.

FOLHA - Se essa adesão ao projeto se confirmar, garantiria, então, a eleição da escolhida do presidente?
SINGER - É a minha percepção. É mais uma adesão de projeto do que carismática.

FOLHA - Quais os efeitos, para o PT, de uma aliança com o PMDB?
SINGER - O PMDB tem se caracterizado por ser um partido de baixo teor programático, o que é danoso para o sistema partidário brasileiro. Faz com que a política fique parecendo algo que diz respeito aos interesses dos políticos.

FOLHA - Então é ruim para o PT?
SINGER - A opção preferencial pelo PMDB fortalece esse aspecto negativo. Ela é compreensível do ponto de vista pragmático. Na minha opinião, o PT deveria arcar com um certo risco de procurar primeiro os partidos que estão mais próximos a ele no campo de esquerda e de centro-esquerda. No caso, o PSB, que tem como pré-candidato Ciro Gomes. O PSB ainda é um partido ideologicamente mais próximo do PT. Eu também poderia me referir ao PDT, ao PC do B. O PT deveria retomar uma prática de que suas alianças fossem orientadas pelo programa.

FOLHA - O PT decidiu não correr o risco por ter uma candidata eleitoralmente fraca?
SINGER - Eu acho que o problema é de outra natureza. Acho que o pragmatismo é uma força extraordinária em partidos eleitorais. Todo partido tende a ser fortemente pragmático.

FOLHA - Mas se o candidato fosse alguém mais conhecido do eleitor, seria diferente?
SINGER - Eu não sei. Uma vez estabelecidos os critérios pragmáticos, como o tempo na TV e essa relativa capilaridade eleitoral [do PMDB], sempre será um elemento fortemente levado em consideração. O que está em jogo é pragmatismo versus opção programática.

FOLHA - O fato de Lula ter escolhido a candidata enfraquece o PT?
SINGER - Essa é uma condição que está relacionada com a grande influência de uma liderança carismática, que tem os votos. Sem dúvida, ela significa que o partido é fortemente influenciado por essa liderança.

FOLHA - O lulismo pode engolir o PT?
SINGER - A questão se vai haver essa convergência ou não vai depender de em que medida esses eleitores que a meu ver aderiram ao lulismo irão pouco a pouco votar no PT. Nas eleições de 2006 os estudos mostram que isso não aconteceu. A base social do PT continua sendo a base social tradicional, mais forte no Sudeste e no Sul do que no interior do Norte e Nordeste. Dá para ver essa diferença entre lulismo e petismo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Dilma conquista até a ala radical do PT.

A candidata conquista o ninho




O PT aceita oficialmente a candidatura imposta
por Lula. Resta saber o que Dilma aceitará do PT
no caso de chegar à Presidência da República

Otávio Cabral e Gustavo Ribeiro


RITO DE PASSAGEM
Dilma na chegada ao congresso do PT que oficializou sua candidatura na semana passada: afago na militância




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• Acervo digital: candidata de Lula
"Quando a gente pensa que já viu tudo, vê que não viu nada", disse Dilma Rousseff depois de assistir ao desfile carnavalesco da escola carioca vencedora, a Unidos da Tijuca, que apresentou o enredo O Segredo. A frase merece o comentário que Dilma mais aprecia: "A senhora tem razão!". Quem nunca pensou em vê-la sambar com um gari na avenida, viu. Quem achava impensável ver a ministra dar colo a Mercy Jones, filha de 4 anos de Madonna, rainha do pop, viu. E quem pensava que o mais conhecido segredo da República, a candidatura presidencial de Dilma, fosse um enredo com desfecho incerto, viu sua apoteose no congresso do PT na semana passada. Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula, foi finalmente apontada como a candidata à Presidência da República.

O caminho daqui para a frente vai exigir de Dilma mais do que samba no pé e jeito com crianças. Seu repto eleitoral é de uma ousadia ímpar. Sem nunca ter enfrentado nem eleição de condomínio, ela vai buscar os votos dos eleitores para tentar suceder ao mais popular presidente da República da história brasileira recente. Organizada e centralizadora, ela vai se deixar levar caoticamente por uma caravana eleitoral que exige fôlego de atleta, concentração de enxadrista e prontidão circense. Com um humor superficial facilmente azedável e dona de opiniões incontrastáveis, quase hieráticas, sobre os temas técnicos mais arcanos, ela vai ter de retribuir com sorrisos artificiais nos palanques os comentários mais estúpidos. E tome buchada de bode, maionese, feijão-de-corda e copos de Cravo Escarlate, a infusão energizante feita com dezesseis ervas consumida pelos ritmistas da Imperatriz Leopoldinense durante o desfile de Carnaval. Dilma provou, quase se engasgou, mas recuperou o fôlego e secou o copo.

Ricardo Moraes/Reuters

O CONSELHEIRO
Na véspera do encontro do PT, Lula aconselhou a candidata: "Seja conciliadora"

A ministra já vinha ensaiando essa sua versão eleitoral exibida no Carnaval carioca. Ela foi testada mesmo em outra festa, a do IV Congresso do PT, que reuniu 1 300 dirigentes e militantes na capital federal, com o objetivo de aclamá-la pré-candidata do partido. A aclamação oficial pelo partido que lhe torcia o nariz, mas que agora depende dela para se manter no poder, é um desses momentos acrobáticos que só a política pode produzir. A escolha de Dilma revela o poder absoluto de Lula sobre o partido que ele fundou há trinta anos, fez crescer e levou ao topo do poder em Brasília. Revela também que continua sendo um desafio manter estável a volátil química petista, em que o anacronismo marxista radical minoritário convive com uma maioria convertida à democracia social. Lula sempre conseguiu manter sob controle essa reação em cadeia, afunilando todas as suas energias em benefício de sua própria carreira política. Dilma terá de aprender a fazer essa mágica. Por enquanto, ela conta com Lula para diminuir a concentração de ideias tóxicas explosivas no caldeirão ideológico do petismo. Na campanha e, eventualmente, no poder em Brasília, ela vai ter de domar os radicais com suas próprias forças.


Na semana passada, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente tangenciou o tema. "Não há nenhum crime ou equívoco no fato de um partido ter um programa mais progressista do que o governo", afirmou Lula. "O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender." É um pouco mais complexo que isso. Uma vez no governo, o PT tentou implementar teses ruinosas de ruptura revolucionária com avanços duramente conquistados pelos brasileiros, como observa a Carta ao Leitor desta edição. Dinheiro de impostos, transferido a entidades ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), financiou invasões de propriedades, saques e depredações de prédios públicos. Apesar disso, em seus sete anos de governo, Lula conseguiu evitar que os radicais do partido materializassem seus instintos mais nocivos. Dilma, se eleita, conseguirá o mesmo?

Marcelo Régua/Ag. O Dia/AE

A CANDIDATA
A ministra Dilma visitou três estados durante o Carnaval e sambou na Sapucaí com um gari: a folia terminou com aclamação em Brasília

A cinco meses do início da campanha, essa já é uma questão prioritária para a candidata. O ato inaugural dessa dinâmica deu-se na semana passada em Brasília. Em sua primeira aparição no evento do PT, a ministra discursou para comunistas e socialistas de países como China, Coreia do Norte, Cuba e Venezuela. Sua fala ocorreu a portas fechadas e não pôde ser acompanhada pela imprensa. Sabe-se que a ministra foi muito aplaudida e que recebeu o apoio do tiranete Hugo Chávez, transmitido por uma representante da Venezuela. Longe dos holofotes vermelhos, porém, Dilma e Lula tentam se desvencilhar dos pendores revolucionários do petismo. O texto A Grande Transformação, que reúne propostas do PT para a candidata, precisou ser totalmente reformulado. O original, de autoria do coordenador de seu programa de governo, Marco Aurélio Garcia, defendia maior controle da economia, atacava a liberdade de expressão e propunha o controle dos canais de TV por assinatura. Lula e Dilma mandaram retirar essas passagens e incluir temas como a defesa da preservação da estabilidade econômica e um elogio à atuação dos bancos brasileiros na crise financeira que sacudiu o planeta. "Você tem de ser conciliadora, Dilma", insistiu Lula.

A preocupação do presidente e de sua candidata com o radicalismo aliado não se limita aos excessos de radicais como Marco Aurélio Garcia, cujo relógio ideológico está parado há três décadas. "Parece que tem gente no PT com saudade do tempo em que perdíamos uma eleição atrás da outra", afirma o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, um dos estrategistas da ministra. O risco de o radicalismo petista contaminar a campanha de Dilma é tão grande que já existe até uma estratégia para detê-lo. Além de exigir mudanças nas sugestões para a candidata, o presidente já deixou claro, em conversas com os estrategistas da campanha, que as propostas do PT não se confundirão com o programa de governo de Dilma. Embora o radical Garcia seja oficialmente o coordenador do programa de governo, fórmula para tentar animar a combalida militância petista, Lula decidiu afastá-lo das articulações da campanha. Na área econômica, o principal alvo dos ataques tóxicos do radicalismo, os responsáveis serão o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-ministro Delfim Netto. "A maior contribuição do PT ao país é o governo Lula. Queremos dar continuidade a esse projeto com a Dilma", diz o senador petista Aloizio Mercadante.

Wildes Barbosa/O Popular/Folhapress

Pro homo e campanha solidária para LGBTs de rua.









PRO HOMO LANÇA CAMPANHAS PARA LGBT CARENTES COM APOIO DE INSTITUIÇÕES E SITE


A PRO HOMO, Associação de Defesa e Proteção dos Direitos de Homossexuais, com apoio da IBCM, Instituição Familia, Projeto Adolescente Aprendiz, Coletivo de Entidades Negras - CEN e o Site Dois Terços, lança campanha de arrecadação de agasalhos, roupas, maquiagem, cestas básicas, itens de higiene para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em situação de rua ou que estão em vulnerabilidade social, além de curso de informatica básica visando a inclusão digital de LGBT´s.


O objetivo é levar o calor da solidariedade a LGBT´s que não possuem condições financeiras, que estão em situação de rua e que, principalmente, estão excluídos (as) das escolas, mercado de trabalho e convívio familiar, por questões de preconceito, discriminação e homofobia. Para tantas outras pessoas, um curso para inclusão digital significa o acesso a oportunidades no mercado de trabalho.


Segundo Renildo Barbosa, presidente da PRO HOMO, "precisamos incluir LGBT´s alijados do convívio familiar que sentem muito mais as conseqüências do preconceito e homofobia, devido a sua orientação ou identidade sexual. Os sentimentos tão propagados de amor e solidariedade quase não chegam a estes seres humanos. Entretanto, a partir desta ação, isto pode ser minimizado. Esperamos ter sucesso na campanha e sensibilizar muitas pessoas de boa vontade", finaliza Barbosa.


Informações e doações podem na sede da PRO HOMO, de segunda à sexta, das 8 às 12h, situada à Ladeira da Palma, 1 - Sala 4, pelo fone 3492 2424 / 9973 9148 ou e-mail prohomo@yahoo.com.br.



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Renildo Barbosa
71 9973 9148
Visite: http://prohomosalvador.blogspot.com

http://ibcmaids.blogspot.com
www.ibcmaids

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Indicação de Dilma para presidente do Brasil no 4º congresso do PT.

Yulo defende aprovação do Estatuto da Juventude na Assembleia da Bahia.


O deputado estadual Yulo Oiticica considera a aprovação do Estatuto Estadual da Juventude na Assembleia Legislativa da Bahia este ano uma questão de “dívida social para com a juventude do estado”. Líder da Frente Parlamentar da Juventude na Casa, o parlamentar liderou o grupo na Mudança do Garcia chamando a atenção para a causa, que visa promover uma série de direitos à juventude, assim como combate também problemas como o trabalho e a exploração sexual infantil. Ele atesta que a costura de acordos políticos para a aprovação da matéria é absurda dada a sua importância. “Isso é uma incongruência. Todos têm de estar comprometidos com a proteção à juventude. Os deputados que votarem contra ou se abstiverem serão publicamente expostos”, ameaçou.
(Lucas Esteves)

Sem Lula em 2014.


Em 2014 confiramado mesmo, só a nossa copa!


Lula descarta voltar a disputar Presidência em 2014

Na véspera de participar do 4.° Congresso Nacional do PT, que amanhã sacramentará a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que a herdeira do espólio petista, se eleita, deverá ficar dois mandatos no cargo. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Lula negou que tenha escolhido Dilma com planos de voltar ao poder lá na frente, disputando as eleições de 2014.


Perguntado se ele pensa em retornar à Presidência em 2014, Lula respondeu que não. "Não penso. Quem foi eleito presidente tem o direito legítimo de ser candidato à reeleição. Ponto pacífico. Essa é a prioridade número 1" , disse. "Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio", afirmou o presidente. "Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara."


Uma eventual gestão Dilma, no seu diagnóstico, não será mais à esquerda do que seu governo. No entanto, ele admite que, no governo, ela vai imprimir "o ritmo dela, o estilo dela". Porém, na sua avaliação, diretrizes do programa de governo de Dilma, que o PT aprovará hoje, podem conter um tom mais teórico do que prático. "Não há nenhum crime ou equívoco no fato de um partido ter um programa mais progressista do que o governo", argumentou. "O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender."


Questionado se concorda com a ampliação do papel do Estado na economia, proposta na plataforma de Dilma, Lula destacou a importância de investimentos estratégicos por parte do Estado. "Quero criar uma megaempresa de energia no País", contou. "Quero empresa que seja multinacional, que tenha capacidade de assumir empréstimos lá fora, de fazer obras lá fora e fazer aqui dentro. Se a gente não tiver uma empresa que tenha cacife de dizer "se vocês (empresas privadas) não forem, eu vou", a gente fica refém das manipulações das poucas empresas que querem disputar o mercado."


Acordos partidários


Nem mesmo a língua afiada do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) fez Lula desistir de convencer o antigo aliado a não concorrer à Presidência. "É preciso provar que o santo Lula está errado", provocou. Sobre a escolha do vice de Dilma, em que o nome do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aparece como favorito, Lula afirmou que a decisão é "uma questão a ser tratada entre o PT, a Dilma e o PMDB", mas fez elogios ao peemedebista: "O Michel Temer, neste período todo que temos convivido com ele, que ele resolveu ficar na base e foi eleito presidente da Câmara, tem sido um companheiro inestimável."


O presidente manifestou preocupação com a divisão da base aliada em Estados como Minas Gerais, onde o PT e o PMDB até agora não conseguiram selar uma aliança. "Imaginar que Dilma possa subir em dois palanques é impossível", comentou. "O que vai acontecer é que em alguns Estados ela não vai poder ir." Segundo Lula, Dilma não vai sentir sua falta como cabo eleitoral quando deixar o governo, em março. "Eu estarei espiritualmente com ela", brincou.


Sarney


Ele ainda defendeu o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), suspeito de envolvimento no escândalo dos atos secretos e de agir em benefício de parentes na Casa, entre outros casos denunciados. "O Sarney foi um homem de uma postura muito digna em todo esse episódio. Das acusações que vocês (o jornal) fizeram contra o Sarney, nenhuma se sustenta juridicamente e o tempo vai provar. O exercício da democracia não permite que a verdade seja absoluta para um lado e toda negativa para o outro lado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na cama com Xana pelo Glich na Bahia


I Workshop nacional: Novas tecnologias em prevenção das DSTS/HIV/AIDS


Feminismo como corrente filosófica





La Luna de Espejos


feminismos

Posted: 18 Feb 2010 02:19 PM PST

por Tate em cotidiana

Levou um tempo para percebermos que nosso lugar era não a segurança de uma diferença em particular, mas a própria casa da diferença.
POR QUE FEMINISMO?

“Sermos mulheres juntas não era o suficiente.
Éramos diferentes.
Sermos lésbicas juntas não era suficiente. Éramos diferentes.
Sermos Negras juntas não era suficiente. Éramos diferentes.
Sermos mulheres Negras juntas não era suficiente. Éramos diferentes.
Sermos sapatões Negras juntas não era suficiente. Éramos diferentes…
Levou um tempo para percebermos que nosso lugar era não a segurança de uma diferença em particular, mas a própria casa da diferença.”
(Audre Lorde, poetisa negra lesbo-feminista)

QUE FEMINISMO?

tem muitas maneiras de agir/pensar feminismos. como corrente filosófica, são várias escolas, epistemologias, hipóteses. como movimento social, há muitas formas de organização-ação-prática-pensamento-cotidiano-vivência-projetos. sendo que, pra gente, de onde agimos/pensamos como feministas negras lésbicas, não dá pra separar movimento (práticas) de pensamento (teorias).

“Acredito que os significados do ‘pessoal’ (como na minha história) não são estáticos, mas que mudam através da experiência, e com o conhecimento. Não estou falando do pessoal como “sentimentos imediatos expressos confessionalmente”, mas de algo que é profundamente histórico e coletivo – por ser determinado por nosso envolvimento em coletivos e comunidades e pelo engajamento político. Efetivamente, é essa compreensão da experiência e do pessoal que faz a teoria possível. Então, para mim, a teoria é um aprofundamento do político, e não um distanciamento dele: uma destilação da experiência, e uma intensificação do pessoal.” (Chandra Mohanty, feminista indiana)

de maneira simples, o feminismo é um projeto pra acabar com a dominação masculina sobre as mulheres (sexismo), não simplesmente invertendo a ordem desse poder, mas repensando até mesmo o que ele significa, por quais formas de opressão opera pra nos impedir de viver livremente (lesbofobia, racismo, gayfobia, especismo, capitalismo, travestifobia…) e como elas se articulam, pra nos oprimir de maneira mais forte – o que demanda, então, formas variadas e articuladas de resistência.

dentro dos movimentos feministas há muitas demandas, desejos, vontades, lutas (afinal, esses movimentos têm como protagonistas diversas mulheres, de lugares diferentes, línguas, vozes, cores, jeitos, formas de viver diferentes). no entanto, algumas dessas bandeiras de luta são importantes pra nossa atuação em comum. algumas delas:

- luta pelo fim do silenciamento e da submissão impostas às mulheres: combate à naturalização de uma passividade atribuída, dos papéis fixos de existência; luta pelo direito à auto-representação, ao protagonismo em nossas vidas …;

luta pelo fim da violência sexista/de gênero: violências física, sexual, simbólica, conjugal, doméstica, geracional, moral, psicológica;

- luta pela garantia da autonomia sexual e soberania reprodutiva: direito à livre expressão sexual e identidade de gênero; direito de escolher por uma interrupção voluntária de gravidez (aborto); a condições dignas, seguras e assistidas de levar uma gravidez desejada adiante; ao não-confinamento no papel de mães, esposas, filhas, cuidadoras; a viver livre de violência lesbofóbica…;

- combate à exploração capitalista: precarização do trabalho, exploração sexual de mulheres e crianças, fim do trabalho escravo, combate à pornografia;

- politizar a vida privada e tornar as lutas políticas parte do cotidiano: o vegetarianismo, por exemplo, não é só prática de saúde, mas vivemos isso como uma maneira de diminuir a exploração de pessoas não-humanas baseada em modelos de exploração sexistas.

as formas de expressão e organização também são muitas. podemos fazer músicas, escrever textos (verbais ou não-verbais: de desenhos a fotos a histórias a zines, como esse), fazer cartazes, manifestações, oficinas, grupos de conversa, grupos de intervenção… colocar nossas idéias pra jogo, deixar os sonhos fluírem, desmontar mundos que não nos cabem pra plantar mundos em que caibamos todas!

PORQUE FEMINISMO NÃO É O CONTRÁRIO DE MACHISMO.

algumas pessoas acusam mulheres feministas, ou aquelas que não se submetem à dominação masculina mesmo sem se falar ou se achar feministas, de querer “inverter as coisas”, e acham que feminismo é o oposto de machismo. machismo é um tipo de sexismo, que é um sistema ideológico (assim como o racismo, o capitalismo, o heterossexismo) que instaura grupos sexuais, criando hierarquia entre eles. grupos sexuais podem ser homens e mulheres hetero, bissexuais, gays, lésbicas, transexuais, travestis, trangêneros, intersexo – em ordem de distribuição de poder! como no racismo, o vetor do poder sexista vai do pólo masculinidade (branquitude) pro feminilidade (negritude). e como a dominação de pessoas não-brancas tem sido executada pelas brancas, o racismo é um sistema de hegemonia branca, como o sexismo é um sistema de hegemonia masculina e heterossexual. por isso é que pessoas negras não podem ser racistas com pessoas brancas, e mulheres não podem ser sexistas com homens (mas sim com elas mesmas ou outras, internalizando o sexismo).

por que no topo da hierarquia está o homem hetero, e na base uma travesti? porque as sociedades ocidentais tecnocratas se organizaram em prol de um modelo heterossexual de famílias nucleares patriarcais, em que a célula mínima da economia de relações e afetos é voltada para reprodução, monogamia, heterossexualidade. convém lembrar que essa economia conversa intimamente com uma moral cristã de acumulação de bens, o que explica seu sistema de valores e implica que quem estiver fora do molde de funcionalidade social, rompendo minimamente o modelo prévio de interação (“homem e mulher se apaixonam, casam, procriam, vivem juntxs até que a morte separe”), não serve socialmente.

criminalizar a homoafetividade e a livre expressão da identidade de gênero obedece ao heterossexismo, uma crença na heterossexualidade como orientação afetivo-sexual mais natural, correta ou normal em relação a outras, que portanto só podem ser desvios, doenças, pecado, erradas. no movimento lgbt – lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais – muito se fala em “sair do armário” (falar abertamente da orientação afetivo-sexual). só não podemos esquecer que a heterossexualidade também tem que sair do armário, e sai de forma violenta, repetitiva e naturalizada. por exemplo, qual é a primeira pergunta que se faz a uma grávida? “é menina ou menino?”, o que vai definir a cor das roupas, o tipo de brinquedos escolhidos, o comportamento esperado em relação àquela futura criança, ou seja, todo um conjunto de expectativas relacionadas à leitura cultural (gênero) feita sobre um dado biológico (genitália).

PORQUE FEMINISMO É PRA TODO MUNDO!

um homem pode ler isso aqui e se perguntar “ok, mas eu não sou mulher, o que tenho a ver com isso?”. primeiro, não podemos esquecer que vivemos comunitariamente. depois, é bom SEMPRE lembrar que os grandes beneficiados pelo sistema de privilégios que o sexismo estabelece são os homens. só que, apesar disso, eles também são prejudicados, já que a construção da masculinidade é um processo de violência não só dirigido às mulheres, mas que também violenta os homens, estabelecendo regras e obrigações que, quando não são violentas em si (“segura o choro que homem não chora!”), precisam ser aplicadas violentamente (“homem não usa brinco e nem usa cabelo grande”).

o foco imediato da ação feminista, contudo, é o protagonismo das mulheres. Chandra Mohanty a define como “integridade pessoal, práticas cotidianamente políticas e pessoais, e a luta por justiça, eqüidade e autonomia das mulheres”. e se um dos grandes entraves a nossa autonomia é a violência sexista, geralmente exercida por homens, então há um movimento duplo: 1º o de empoderar as mulheres, pra que sejamos sujeitas de nossas próprias vidas; 2º construir um espaço de solidariedade masculina a nossa luta. o segundo passo demanda que os homens analisem suas práticas e valores, e estejam dispostos a abrir mão de muitos dos benefícios que recebem por serem homens, e que às vezes nem percebem como privilégio. por exemplo, em coletivos mistos, é comum os homens responderem, às queixas das mulheres de que eles falam mais, que nós é que precisamos nos impor, e falar mais alto – e que a voz deles é “naturalmente” mais alta que a nossa.

quanto à violência física e sexual, enquanto os homens não pararem de nos enxergar como algo a ser possuído e objetificado, enquanto associarem seu prazer e gozo à subjugação do nosso prazer e do nosso gozo, vamos estar sujeitas às violações, estupros, insistências… e apesar de ser muito importante e primordial o auto-reconhecimento de nossa soberania (somos donas de nosso próprio corpo e gozo), esse entendimento vai ser questionado, ameaçado e violado enquanto houver homens que não nos respeitem. apesar de haver muitos feminismos separatistas (lesbianos ou não), algumas feministas (lésbicas ou não) apostam num projeto político feminista pras pessoas não-mulheres também.


montamos esse material pra compartilhar com vocês algumas idéias que movem nosso coração. se quiser compartilhar o que te move, escreva pra gente! corpuscrisis@gmail.com http://confabulando.naxanta.org

diária querida,

esse textinho foi elaborado pela primeira vez em 2008, e agora recebeu uma guaribada. agradeço à lice e ludmila gaudad pelas sugestões, colaborações e parceria, à poli preta pela paciência de fazer os testes de formatação e pelo incentivo, elogios, e o doce presente de aniversário. esse textinho é uma tentativa de colocar em termos utilizáveis por muitas pessoas diferentes o que temos conversado, discutido, pensado e produzido em termos de vida, academia, experiências, trocas… espero que muitas mulheres se apropriem, e que muitos homens prestem atenção.

a versão mais bonita dele tá num zine que pode ser baixado aqui

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Campanha fora Dourado fora homofobia II



Campanha: Fora Dourado, Fora homofobia!

Posted: 18 Feb 2010 06:14 AM PST

por Del.

Marcelo Dourado, um símbolo da homofobia no Big Brother 10
Eu havia dito que seríamos neutras em relação a comentarios sobre BBB 10, pois é um assunto muito polêmico, que rende discussões que muitas vezes acabam perdendo seu rumo, afinal cada uma pensa uma coisa, cada uma tem seus favoritos e desafetos…

No entanto, nesta última Quarta-Feira, o programa tomou um rumo no qual é importante que todos nós homossexuais, todos nós, porque incluo também os gays, nos posicionemos, aonde todos nós nos unamos para lutar contra a apologia a favor da homofobia que este programa está se tornando ao manter este indivíduo livre, leve e solto por lá.

A Globo em suas edições vem evitando demonstrar o monstro homofóbico que o Sr. Marcelo Dourado é.

O rapaz coleciona absurdos: uma suástica na perna, a ignorância de alegar que heteros não pegam AIDS e agora, a mais nova, afirmar que bateria numa lésbica que viesse a paquerar sua mulher, como fez na tarde de ontem.
Alguns telespectadores também afirmam que disse que quebraria os dedos da Angélica, se o programa não fosse filmado. Alguém tem um vídeo que confirme isso?


E sabe o que é mais deprimente? É que ele é o favorito.

Por que o povo brasileiro dentro de sua ignorância, encontra nele razões para se auto-afirmar.

Um bruto, ignorante, que bate no peito sobre sua ignorância.

“Sou hetero, sou sincero.”

Ser sincero é gritar sua homofobia?

Ser sincero é ofender os homossexuais todos em rede nacional?

Ser sincero é divulgar que heteros não pegam AIDS (e homossexuais sim)?

Aliás, ser hetero é isso? Porque tem gente que diz que não gostar do Dourado é ser heterofóbico…

Como a sábia Elenita disse: “Dourado, pessoas que não lidam bem com essa questão, geralmente são mal-resolvidas…”

Deixando o grandalhão mudo, sem argumentos. Quem cala consente.

Ao torcer para Marcelo Dourado, os brasileiros se reafirmam em sua ignorância, achando BONITO, ser feio…Ser feio não, ser hediondo.

O garotão playboy que precisa se auto-afirmar, torce pra Marcelo Dourado.

O senhor com seus preconceitos enraizados de séculos passados querendo ter razão, torce para Marcelo Dourado.

A mulher, com sua necessidade de atitude masculina, tão extinta nos dias de hoje, torce por Marcelo Dourado.

Pergunto então. E nós gays, aonde ficamos?

Ficamos cada dia mais no armário e com medo de sair às ruas, porque o POVO apoia um homofóbico e ele ganhar esse Big Brother será um símbolo disso, seria o símbolo do quão mal resolvido o brasileiro é nesta questão.

Ontem, o ódio dele se voltou contra Angélica, que falou a ele que ele tinha ficado prepotente depois do paredão. A sinceridade de nossa representante, deixou o brutamontes revoltado, falando ofensas aos quatro ventos sobre ela como vocês poderão ver nos vídeos abaixo.

Ele encontrou todas as razões que precisava para expressar sua homofobia.

Agora, mais uma vez, depois da enquete no senado, é o momento que nós, GAYS brasileiros, nos unamos pra que a Globo tome atitudes quanto a essa propagação da homofobia em forma de pessoa.

Vamos nos unir, Twitter, votos, blogs, enfim… Vamos nos mobilizar e abrir os olhos das pessoas heteros conscientes contra este monstro.

Fora Dourado,
FORA HOMOFOBIA!
Porque deixar o dourado lá, é deixar a homofobia vencer!

Abaixo os vídeos da ira dele contra Angélica, que cometeu o “erro” de esfregar umas verdades na cara do rapaz:


Click here to view the embedded video.

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Recomendo a leitura deste texto também, da Mary W., que já previa esse tipo de situação e foi meu grande inspirador para esta postagem.

Gostaria também, que se alguém tivesse qualquer vídeo mostrando as atitudes abomináveis desta criatura, que por favor deixasse nos comentários ou enviasse para nosso email: contato@paradalesbica.com.br

É o momento de nos unir! Conto com vocês.

Só pra constar…

- Em momento algum falei que a Angélica está correta ou errada, não vou nem pretendo me posicionar sobre isso, esta não é a questão. Este texto é sobre o Dourado e sua homofobia, que EXISTE SIM e se alguns inventam pretextos para justificá-la e não enxergá-la, para mim e para muitos homossexuais que sabem muito bem o que é isso, é cristalina.

- Vale apena ler o texto de Jean Wyllys sobre o tema: http://bloglog.globo.com/blog/blog.do?act=loadSite&id=167&postId=21698&permalink=true, citação dele abaixo:

“Ante tal reação de parte expressiva da audiência, não é de espantar que Marcelo Dourado tenha despontado como o favorito ao prêmio. Dourado tornou-se o porta-voz da ordem heterossexual que se sente ameaçada pela presença dos “coloridos” e dos que simpatizam com eles. Ele se converteu no “herói” da resistência daquela masculinidade que busca se afirmar contra a homossexualidade. Sua reação agressiva à insinuação de Bial de que Dicésar estaria apaixonado por ele (Dourado) é um exemplo disso. Foi Dourado quem veio com a história de “heterofobia”, como se isso existisse (dizer-se vítima de “heterofobia” é o último recurso daqueles que tentaram a todo custo silenciar ou envergonhar os homossexuais à sua volta, mas, não conseguiram). Todas as falas de Dourado são misóginas e repousam igualmente na exclusão da homossexualidade. Não nos esqueçamos de que ele reagiu mal à afirmação de Dicésar de que há uma “diva” dentro de cada pessoa, e de que, num arrobo de ignorância e arrogância, afirmou que apenas gays contraem HIV. Mesmo assim – ou talvez por isso mesmo – ele é o favorito ao prêmio dessa edição.”

Gabi falou:

Sobre o Dourado:

Muitas meninas viram; Logicamente que as pessoas comuns não gravam o BBB 24h e justamente por isso precisamos cobrar a Globo que está abafando o caso.

A questão de provas visuais é um problema; Mas no twitter é possível perceber que muitas pessoas se revoltaram na hora do incidente. Além disso, outras muitas testemunharam essa afirmativa do Dourado.
O agravante dessa história se deu hoje pela madrugada (e aí sim vários vídeos percorrem o youtube até pela duração das declarações) quando o participante ofendeu diretamente a Ana Angélica.

Isso é o concreto.
Porém, mais pela manhã apareceu outra denúncia, essa bem pior, mas ainda sem provas. Dourado teria dito que: “Se não tivesse câmeras eu quebraria todos os dedos da mão dela, a espancaria até ir parar no hospital, no morro ta no microondas.” A denúncia foi feita pelo site http://decarapralua.zip.net/ , um dos maiores blogs sobre BBB, onde a criadora Susan alega ter provas visuais. Agora é esperar.

Mesmo que a última denúncia não se concretize temos alegações suficientes para denunciá-lo sob o artigo 286 do código penal (Art. 286. Incitar, publicamente, a prática de crime).

O que podemos fazer?
1. Divulgar essa questão em blogs, mídias e pressionar a Globo a aparecer com as gravações;
2. Divulgar no twitter usando tags comuns, por exemplo, #bbb10, #forahomofobia ou ainda utilizar o @boninho;
3. Reclamar no site da Globo;
4. Denunciar o Dourado no ministério público: http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/contact-info; Vale lembrar que ele já está na mira do MP.
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